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Durante contagem de presos, detento agarra agente pelo pescoço e agride funcionário na Penitenciária de Martinópolis
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Publicado em 28/01/2019
Sindicato da categoria informou que o Grupo de Intervenção Rápida (GIR) foi acionado e entrou na unidade para revistar a cela e retirar o envolvido no caso.
 
Por G1 Presidente Prudente
 
Um agente de segurança penitenciária foi agredido por um preso na noite deste domingo (27) na Penitenciária "Tacyan Menezes de Lucena", em Martinópolis.
 
De acordo com as informações fornecidas ao G1 pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo (Sindasp), a agressão ocorreu por volta das 18h, na troca de plantão, quando o funcionário fazia a contagem de presos da unidade.
 
Durante o procedimento, quando abriu o guichê existente na porta de uma cela para verificar a quantidade de detentos no local, o servidor público foi surpreendido por um preso que colocou a mão para fora e agarrou o agente pelo pescoço e pela camisa, segundo o Sindasp.
 
Ainda conforme o sindicato, o preso agrediu o funcionário com socos, puxões e batidas na porta de metal da cela.
 
Como, durante a agressão, a camisa do servidor se rasgou, o agente conseguiu se desvencilhar do preso.
 
O plantão foi comunicado sobre a ocorrência e outros funcionários compareceram ao raio da cela para ajudar o trabalhador agredido.
 
O Grupo de Intervenção Rápida (GIR), que é uma espécie de "tropa de elite" para atuação em situações críticas no sistema prisional paulista, também foi acionado e entrou na unidade para revistar a cela e retirar o preso envolvido no caso, segundo o Sindasp.
 
O sindicato informou ao G1 que o agente registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia da Polícia Civil, foi submetido ao exame de corpo de delito e passa bem.
 
A Penitenciária de Martinópolis já conta com a automatização das celas, tecnologia que evita o contato direto dos agentes com os presos. O sistema automatizado é controlado pelos agentes através de um painel, que abre e fecha as celas nos momentos de saída e recolhimento dos detentos, como o banho de sol, por exemplo.
 
No entanto, a abertura do guichê que fica na porta de cada cela é feita manualmente pelos funcionários. Trata-se de um procedimento rotineiro realizado a cada 12h, sempre quando ocorre a troca de um plantão, para a conferência do número de presos na unidade. Quando abre o guichê de uma cela, o agente conta, um por um, os presos que estão no local.
 
“Estamos preocupados com a segurança dos agentes penitenciários. Estamos atentos. Parece que voltou a problemática de agressões. Estamos preocupados porque isso pode crescer e precisamos da adoção de providências pela SAP [Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo] para conter esses casos antes que tomem uma proporção maior”, disse ao G1 o presidente do Sindasp, Valdir Branquinho.
De acordo com os dados da SAP, a Penitenciária de Martinópolis conta atualmente com uma população carcerária de 2.204 presos, embora tenha capacidade para abrigar 872 detentos.
 
O G1 solicitou um posicionamento oficial da SAP sobre o caso que vitimou o agente penitenciário em Martinópolis, mas até o momento desta publicação não obteve resposta.
 
Foto: Heloise Hamada/TV Fronteira
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