Uma parceria firmada entre a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista e o Centro de Saúde da Prefeitura do município viabilizou a Triagem Auditiva Neonatal, mais conhecida como teste da orelhinha. O procedimento, que é obrigatório, atende bebês filhos de detentas que cumprem pena na unidade.
O presídio pertence à Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste (Croeste), que é gerida pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). O teste da orelhinha é obrigatório e de extrema importância, pois tem a finalidade de identificar se a criança possui alguma deficiência auditiva.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 5% da população brasileira é composta por pessoas que apresentam alguma deficiência auditiva. Essa porcentagem significa que mais de 10 milhões de cidadãos apresentam a deficiência e 2,7 milhões têm surdez profunda.
O procedimento é realizado a cada 60 dias pela fonoaudióloga Cleire de Almeida Beretta. É direcionado para bebês com idades de 1 a 5 meses e que habitam a Ala de Amamentação juntamente com suas mães.
O teste da orelhinha utiliza um equipamento chamado aparelho de emissões otoacústicas. A fonoaudióloga coloca um fone que é adaptado ao tamanho da orelha do bebê, não causa dor e nem desconforto, não é invasivo e leva em média cinco minutos para ser concluído.
O instrumento emite sons de fraca intensidade e capta as respostas que a orelha interna do bebê produz. Essas respostas são impressas em forma de gráfico e são anexadas com um laudo do exame.
A gestora da unidade prisional, Adriana Alkmin Pereira Domingues, ressalta que o exame possibilita o diagnóstico e tratamento precoces, determinantes para a aquisição da linguagem oral das crianças.