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Região de Presidente Prudente registra menor índice de chuva no mês de janeiro em quase três décadas Quantidade de precipitação atípica se deu pela atuação do fenômeno El Niño
01/02/2024 15:54 em Novidades

Quantidade de precipitação atípica se deu pela atuação do fenômeno El Niño.
Por Bruna Bonfim, g1 Presidente Prudente

O mês de janeiro, apesar do calor característico, é considerado com um dos meses com maior índice de chuva do ano. Em contrapartida, o início de 2024 não seguiu esta lógica e registrou o menor índice de chuva desde 1998.

O climatologista Vagner Camarini informou ao g1 que a média no Oeste Paulista em janeiro costuma ser de 230 milímetros (mm) de chuva. Em 2024, o acumulado foi de 120 mm na região de Presidente Prudente.

“Neste ano a variabilidade espacial foi muito grande, em alguns pontos da região choveu bem mais ficando próximo a média histórica e em outros o valores foram menores”, explicou Vagner.

Ainda de acordo com o climatologista, a quantidade menor de precipitação se deu pelo fenômeno El Niño, que está atuando de forma atípica em 2024.

Secas no campo
Apesar de causar alegria para alguns que aproveitam as férias no verão, a falta de chuva traz consequências preocupantes aos setores relacionados ao agronegócio.

“As principais consequência desse período seco é para o campo, pois afeta a produtividade de todas as culturas e aumenta os custos para o produtor, que necessita de utilizar o sistema de irrigação por mais horas”, disse o climatologista.
Com o aumento do custo de produção aumenta para o agricultor, a produtividade costuma diminuir.

Segundo o meteorologista, a pecuária também é prejudicada, pois a falta de precipitação também atinge o desenvolvimento das pastagens, o que diminui a oferta de alimento aos animais e aumenta o custo de produção.

Previsão para fevereiro
A meteorologia prevê que o mês de fevereiro volte a ter o clima típico de verão para a região, com temperaturas máximas entre 33 e 34ºC. Também podem ser registradas algumas entradas de frentes frias e temperaturas mínimas próximas aos 16ºC.

“As chuva tendem a se normalizar, aumentando a frequência e a intensidade. O acumulado de chuva no mês deve ficar próximo a média histórica, que é de 180 milímetros” finalizou o climatologista Vagner Camarini ao g1.

Foto: Bruna Bonfim/g1

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